A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) tornou-se um pilar essencial para o desenvolvimento de aplicativos no Brasil, especialmente diante do alarmante aumento dos crimes digitais.

Em 2024, segundo a Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), as fraudes digitais cresceram 45% em relação ao ano anterior, totalizando cerca de 5 milhões de ocorrências. Esse cenário reforça a urgência de adotar práticas robustas de segurança e conformidade.

O amadurecimento da proteção de dados no Brasil

Desde sua aprovação, em 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tem promovido um avanço consistente na forma como empresas e órgãos públicos tratam informações pessoais.

A norma estabeleceu parâmetros claros para a coleta, uso, armazenamento e compartilhamento de dados, incentivando a adoção de práticas mais transparentes e seguras.

Um marco relevante nesse processo foi a aprovação da PEC 115, que elevou a proteção de dados ao status de direito fundamental na Constituição Federal.

Essa mudança não apenas reforça o peso jurídico do tema, mas também amplia a responsabilidade de organizações privadas e do próprio Estado em garantir a privacidade dos cidadãos.

Entretanto, o progresso não ocorre de forma homogênea. Levantamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) revelam que, apesar dos avanços, o Poder Público ainda lida com a proteção de informações de maneira superficial.

A situação é preocupante diante da rápida digitalização dos serviços estatais, que expõe milhões de brasileiros a riscos como vazamentos e uso indevido de dados.

Consumidores mais atentos e exigentes

O aumento dos golpes online também despertou maior cautela nos brasileiros. Pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) revela que 60% da população tem preocupação ao compartilhar dados biométricos, como impressões digitais e reconhecimento facial.

Essa postura reflete não apenas medo de fraudes, mas também um maior entendimento da importância da privacidade. Hoje, proteger dados deixou de ser uma obrigação imposta por lei e tornou-se um hábito incorporado à rotina digital.

Impactos no desenvolvimento de aplicativos

Para desenvolvedores, cumprir a LGPD vai muito além de inserir um aviso de cookies. É preciso pensar na privacidade desde a concepção do aplicativo (privacy by design), o que inclui:

  • Solicitar apenas os dados estritamente necessários
  • Implementar camadas de criptografia
  • Garantir o direito de exclusão de informações
  • Criar políticas de consentimento claras
  • Realizar testes periódicos de segurança

Essa abordagem não só reduz riscos jurídicos, mas também aumenta a confiança dos usuários — um diferencial competitivo importante em mercados saturados.

O cenário regulatório para 2025

O ano de 2025 tende a marcar um ponto decisivo na regulamentação digital no Brasil. A recente decisão de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, de encerrar a verificação de fatos em redes como Facebook, Instagram e WhatsApp motivou o Supremo Tribunal Federal (STF) a intensificar o debate sobre regras para o funcionamento dessas plataformas no país.

Paralelamente, a implementação da Política Nacional de Proteção de Dados e a possibilidade de integrar a LGPD ao Marco Legal da Inteligência Artificial indicam a construção de um arcabouço regulatório moderno, capaz de conciliar inovação tecnológica e respeito aos direitos fundamentais.

Se aplicadas com rigor e consistência, tais medidas têm potencial para colocar o Brasil em posição de destaque global na gestão e na governança do ecossistema digital.

Pontos críticos que exigem atenção imediata

Para garantir conformidade e segurança no desenvolvimento de aplicativos, empresas e desenvolvedores devem manter vigilância constante sobre aspectos estratégicos.

A base legal para o tratamento de dados precisa ser claramente definida, assegurando que cada informação coletada tenha respaldo jurídico. Em paralelo, a segurança cibernética deve contar com infraestrutura robusta e atualizada para enfrentar ataques cada vez mais sofisticados.

A governança de dados é outro pilar essencial, exigindo processos internos eficazes para que a política de privacidade seja aplicada de forma real e contínua. Além disso, o treinamento das equipes é indispensável, garantindo que todos compreendam e sigam as exigências da LGPD.

Deste modo, é vital considerar a integração com normas internacionais, como o GDPR, para aplicações que ultrapassem fronteiras.

Mais do que cumprir a lei, é hora de criar confiança

A LGPD não é apenas uma exigência burocrática; é uma ferramenta para construir confiança e preservar a reputação de negócios digitais.

No desenvolvimento de aplicativos, atender à lei significa proteger o usuário e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade da empresa em um ambiente online cada vez mais arriscado.

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