Os tokens são representações digitais de ativos ou direitos no blockchain, viabilizando transações seguras e eficientes em diversos setores. Com a expansão dessa tecnologia, a criptoeconomia deve alcançar US$ 16,1 trilhões até 2030, representando 10% do PIB global.

Segundo o relatório “Relevance of On-Chain Asset Tokenization in ‘Crypto Winter’”, grande parte da riqueza global está atualmente bloqueada em ativos ilíquidos. Dessa forma, a tokenização, ao transformar ativos em digitais e fracionáveis, pode desbloquear esses recursos, possibilitando novas formas de negociação e comercialização não tradicionais, reduzindo o ticket de entrada e criando novas oportunidades de negócios e investimentos. 

Com uma perspectiva de alcançar US$ 5,6 bilhões em 2026, a tokenização de ativos, ao incluir bens ilíquidos como terrenos, arte, bebidas raras, carros antigos e commodities, impulsiona crescimentos trilionários no setor de DeFi. 

O relatório destaca que ativos ilíquidos englobam imóveis, recursos naturais, infraestrutura, arte, carros antigos, bebidas raras, ações pré-IPO, dívidas privadas e fundos privados.

A falta de liquidez decorre de altos valores de entrada, acesso restrito e obstáculos regulatórios. O fracionamento de ativos já ocorre em mercados públicos, como FIIs e ETFs, mas ainda enfrenta desafios nos mercados privados, que são menos eficientes e mais onerosos.

Setor promissor

Um dos setores mais impactados pela tokenização é o imobiliário. A tecnologia blockchain permite a fragmentação de imóveis em tokens digitais que representam a propriedade e seus direitos, tornando o investimento mais acessível e eficiente. Os contratos inteligentes automatizam transações, eliminando intermediários, reduzindo burocracia e custos. 

Essa tecnologia foi adaptada para o setor imobiliário como solução para os altos custos e a burocracia presentes no modelo tradicional. Com a tokenização, despesas como visitas ao notário e impostos de transferência tornam-se obsoletas, aumentando a acessibilidade e eficiência das transações.

Além disso, ela possibilita a conversão não apenas de imóveis, mas também de ativos tangíveis e intangíveis, como obras de arte, navios e licenças, ampliando o alcance para um público mais diverso. 

O mercado imobiliário tokenizado pode ser dividido em três categorias: ativos securitizados no blockchain, ativos totalmente tokenizados sem negociação ativa e ativos totalmente tokenizados negociados em mercados secundários.

Historicamente, o setor imobiliário tem sido altamente ilíquido devido a exigências legais, custos elevados e longos prazos de planejamento. No entanto, a tokenização melhora essa liquidez ao permitir a negociação de frações de propriedades, simplificando o investimento e a gestão imobiliária. 

Relatórios globais indicam que o mercado de ativos tokenizados deve crescer para US$ 5,6 bilhões até 2026 (CB Insights), demonstrando o potencial dessa inovação na transformação do setor imobiliário.

O Futuro da Gestão de Ativos

O token desempenha um papel essencial na digitalização de ativos, proporcionando mais acessibilidade, segurança e eficiência às transações financeiras e comerciais. Um exemplo disso é o Visa Token Service (VTS), que já emitiu 1 bilhão de tokens na América Latina e no Caribe, impulsionando em mais de US$ 3,5 bilhões o volume de pagamentos digitais na região em 2024. 

Ao substituir dados sensíveis por chaves criptográficas, a tokenização fortalece a proteção de informações financeiras e reduz fraudes. Com essa tecnologia, a Visa evitou aproximadamente US$ 600 milhões em fraudes e reduziu tentativas fraudulentas em até 30%. Além disso, a empresa já certificou quase 40 provedores de serviços de token na região e investiu mais de US$ 12 bilhões nos últimos cinco anos para aprimorar a segurança digital. 

Essa evolução acompanha uma tendência global de crescimento. Estimativas apontam que, até 2028, 85% das transações de e-commerce utilizarão a tokenização, e o volume de transações tokenizadas deve dobrar até 2029, consolidando essa tecnologia como um pilar fundamental do futuro das transações digitais.

A Tokenização e a Transformação do Mercado Financeiro

A tokenização está revolucionando o mercado financeiro ao permitir a digitalização de ativos físicos e intangíveis, transformando a forma como transações e investimentos são realizados. Por meio dessa tecnologia, ativos como imóveis, obras de arte e até commodities podem ser fragmentados e representados por tokens digitais.

Em fluxos de autenticação, por exemplo, um aplicativo pode trocar uma credencial por um token, que define os recursos aos quais o aplicativo pode acessar. Essa mudança não só facilita o acesso a investimentos, mas também aumenta a liquidez de ativos tradicionalmente ilíquidos, como o setor imobiliário e colecionáveis.

No setor bancário, um exemplo prático de tokenização é o iToken do Itaú, um dispositivo que gera códigos numéricos para transações digitais, renovados a cada alguns segundos, aumentando a segurança das transações. Esse tipo de tecnologia redefine o mercado financeiro ao reduzir as barreiras de entrada, permitindo que investidores de diferentes portes participem de mercados antes restritos a grandes players.

A tokenização também torna as transações mais rápidas e seguras, uma vez que a tecnologia blockchain, que sustenta os tokens, oferece um sistema transparente e imutável para registrar cada operação.

Os tokens da AppsFlyer possibilitam o acesso a dados por meio de sua API e chamadas S2S, viabilizando o desenvolvimento de aplicativos personalizados. A Caristeo Tecnologia, por exemplo, cria soluções sob medida para otimizar a experiência do usuário e a eficiência dos negócios.

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