Os contratos inteligentes, ou smart contracts, se tratam de uma inovação tecnológica que tem ganhado destaque nos últimos anos. Estima-se que até 2029 o mercado global de smart contracts alcance US$1,46 bilhão.
Esses programas são desenvolvidos usando a tecnologia blockchain e estão presentes em diferentes setores, como financeiro e imobiliário.
Entre as vantagens dos smart contracts estão segurança, eficiência, descentralização, transparência, redução de custos e otimização de tempo.
Neste artigo, vamos entender o que são smart contracts, como funciona o processo de implementação e quais empresas já usufruem desta inovação da chamada Web3 e na economia digital.

Afinal, o que são smart contracts?
Smart contracts são programas de computador que executam automaticamente acordos pré-definidos entre partes, sem a necessidade de intermediários. Eles funcionam em redes blockchain, como a Ethereum, garantindo segurança, transparência e imutabilidade.
Ao serem programados com regras específicas, os smart contracts entram em ação quando determinadas condições são atendidas — por exemplo, liberar um pagamento após a entrega de um produto.
Isso reduz custos operacionais, elimina falhas humanas e aumenta a confiança entre os envolvidos. Por serem descentralizados, não podem ser alterados após sua criação, o que os torna ideais para transações financeiras, registros de propriedade, seguros, logística e diversas outras aplicações.
Smart contracts x Blockchain
A tecnologia utilizada nos smart contracts é a blockchain. Sem ela, esse tipo de acordo digital não poderia existir.
A blockchain é um banco de dados à prova de fraudes, que funciona de forma distribuída e descentralizada. Dessa forma, toda vez que um registro é inserido na rede, é necessário o consenso de todos os membros da cadeia. Além disso, os dados, uma vez registrados, não podem ser apagados, pois, caso um participante tente deletar algo, todos os outros serão notificados da ação.
Essa transparência é o que torna a tecnologia blockchain tão segura, sendo por meio dela que os primeiros contratos para transações financeiras com criptomoedas foram criados.
Assim, a transferência de moedas só poderia ser executada se as condições estabelecidas no contrato fossem atendidas, sendo a própria rede responsável por validar o cumprimento desses requisitos.
Exemplos de uso de smart contracts
Os smart contracts estão presentes em diversas áreas e situações que envolvem transações, acordos e processos que exigem segurança, confiança e transparência. Alguns exemplos de uso dos contratos inteligentes:
Finanças Descentralizadas (DeFi):
Os smart contracts permitem o desenvolvimento de serviços financeiros sem intermediários, como corretoras ou bancos. Isso permite operações como trocas de criptomoedas, empréstimos, investimentos e pagamentos.
Por exemplo, a empresa seguradora francesa AXA faz uso do aplicativo de seguro contra atraso de voo Fizzy, ele foi desenvolvido baseado em Ethereum e armazena e processa pagamentos por meio dos smart contracts.
Deste modo, os processos de indenização entre seguradoras e clientes insatisfeitos foi simplificado, os clientes passaram a serem acionados automaticamente para receberem o pagamento com base em condições pré-determinadas, ao invés de aguardar pela ocorrência de sinistros. Deste modo, possíveis conflitos foram evitados.
Tokens não fungíveis (NFTs):
Os smart contracts permitem a criação e negociação de NFTs, ativos indivisíveis e únicos, como jogos, obras de arte, itens colecionáveis e domínios.
Podemos citar o estúdio de jogos veterano chamado Cyber8. A empresa se uniu a Synodus a fim de criar um jogo esportivo NFT integrado a contratos inteligentes. Logo, os NFTs passaram a ser comprados e vendidos com facilidade e eficiência por meio do jogo.
Saúde:
Outro setor que vem se beneficiando dos smart contracts é o da saúde. Por meio da tecnologia, os registros podem ser armazenados de maneira criptografada, e todos podem acessar as informações de maneira simultânea, deste modo, o grau de segurança aumentou, uma vez que só quem poderá ter acesso a estes dados são os profissionais devidamente autorizados e de maneira conjunta, ou seja, todos sabem quem, quando e o que acessou ou alterou.
Contudo, os smart contracts vão além, por meio deles é possível acompanhar novas fórmulas de medicamentos, resultados de exames e transferir dados sensíveis com segurança.
Por exemplo, a Encrypgen transfere dados de DNA de pacientes para pesquisadores por meio dos smart contracts, o qual possibilita que os dados sejam utilizados para fins de pesquisas.
Imobiliário:
Os smart contracts facilitam e aceleram as transações imobiliárias, reduzindo custos associados e burocracias. Por meio deles, é possível registrar propriedades na rede blockchain, validar documentos, verificar identidades, liberar fundos e transferir os títulos de forma automática e segura.
Estes são apenas alguns exemplos de como os smart contracts estão cada vez mais presentes nos ambientes corporativos.
Contudo, apesar de todas as vantagens, uma grande desvantagem é a dificuldade de encontrar profissionais devidamente qualificados para o desenvolvimento de projetos com essa tecnologia, especialmente considerando que um erro no código pode ter consequências sérias, já que, uma vez registrado, ele não poderá mais ser apagado.
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