Diante dos avanços acelerados e contínuos das inovações tecnológicas, o mercado tem buscado se adaptar para acompanhar essa dinâmica crescente.

Nesse cenário, as regulamentações surgem com o objetivo de ampliar a segurança de todas as partes envolvidas, especialmente diante do alto faturamento do setor e das constantes transformações impulsionadas pela tecnologia, que intensificam a competitividade em nível global.

Apenas em 2023, o setor de tecnologia no Brasil movimentou R$ 754,9 bilhões, registrando um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior. Além disso, plataformas como WhatsApp, Instagram e Facebook contribuíram para que pequenos negócios alcançassem um aumento de mais de 40% em seu faturamento.

Diante desse panorama, o governo vem intensificando esforços para consolidar um ambiente regulatório que estimule e promova a inovação, reconhecendo o progresso tecnológico como um pilar estratégico para o desenvolvimento econômico do país.

Regulação da tecnologia no Brasil

Estamos vivendo avanços significativos na regulação da tecnologia no Brasil. Após anos de debates, diversas ações estão sendo tomadas para criar leis que controlem o uso dos avanços tecnológicos no país.

Em 2024, o Senado brasileiro aprovou o Projeto de Lei nº 2338/2023, que propõe a regulação da inteligência artificial (IA) no país, inspirado no modelo europeu (EU AI Act). A lei visa equilibrar inovação tecnológica e proteção dos direitos individuais e coletivos, colocando o ser humano no centro da regulamentação, uma abordagem similar à adotada na LGPD.

Esse movimento regulatório reflete também a percepção da sociedade brasileira. De acordo com levantamento do Instituto Ideia, apresentado durante o Brazil Forum UK, cerca de 73% dos entrevistados acreditam ser necessária a criação de normas para regular o uso da tecnologia. Em contrapartida, 12% se mostram contrários à adoção dessas regras, enquanto 15% afirmam não ter uma opinião definida sobre o tema. Esses dados reforçam a urgência e a legitimidade social da criação de um marco legal para a IA no Brasil.

O projeto exige que empresas adotem processos robustos de governança e compliance, impondo maior responsabilidade sobre o uso ético e seguro da IA, especialmente frente aos riscos e impactos sociais. Além disso, o Brasil inova ao incluir a proteção dos direitos autorais de obras usadas no treinamento de IA, ponto ainda não contemplado na legislação europeia.

A regulação surge em um contexto global de debates sobre o controle da IA, contrastando com a postura mais liberal dos Estados Unidos sob o governo de Donald Trump, que defende a desregulamentação do setor, gerando possíveis tensões no cenário internacional e desafios adicionais para países em desenvolvimento, como o Brasil.

Para as empresas brasileiras, especialmente as pequenas e médias, a nova regulação traz tanto desafios quanto oportunidades. Embora imponha custos e adaptações nas políticas internas, pode fortalecer a confiança de consumidores e investidores, consolidando um ambiente de negócios mais ético e sustentável, alinhado com legislações anteriores, como a LGPD e a Lei Anticorrupção.

O Brasil, ao avançar nessa regulação, também pode se posicionar como referência na América Latina, embora o sucesso da lei dependa da capacidade de se adaptar às rápidas transformações tecnológicas sem sufocar a inovação. O equilíbrio entre proteção de direitos, estímulo à inovação e alinhamento com tendências globais será decisivo para consolidar um ecossistema de IA ético e competitivo no país.

Qual o futuro do mercado?

A ética e a regulamentação desempenham um papel cada vez mais decisivo no avanço do uso da inteligência artificial (IA). Iniciativas que buscam garantir o uso responsável e a proteção dos direitos individuais estão impulsionando um cenário mais seguro e sustentável para o desenvolvimento dessas tecnologias.

Aliadas a esse ambiente regulatório, a crescente digitalização, a busca por soluções inteligentes e a adoção massiva da IA por empresas e consumidores projetam um futuro de crescimento exponencial para o setor. Estimativas indicam que o mercado de IA poderá alcançar uma valorização superior a US$ 1 trilhão até 2028, podendo ultrapassar US$ 190 bilhões já em 2030.

Esse crescimento é impulsionado, ainda, pela diversificação de aplicações da IA, que hoje já é utilizada desde processos industriais até ferramentas avançadas de diagnóstico médico. Além disso, novas abordagens, como a computação neuromórfica e a combinação de IA com tecnologias emergentes, como a computação quântica, estão em plena fase de pesquisa e desenvolvimento, ampliando ainda mais as possibilidades de mercado.

Nesse contexto, inovação, regulação e as tendências de mercado estão profundamente conectadas. Nos próximos anos, o principal desafio será enfrentar a desigualdade digital e promover adaptações contínuas no mercado de trabalho, de modo a acompanhar as rápidas transformações tecnológicas e aproveitar as oportunidades de criação de novas soluções.

De acordo com o Global Tech Report 2024, 87% das empresas que investiram em tecnologia aumentaram seus lucros, evidenciando que os negócios que acompanham essa evolução têm maiores chances de crescimento e competitividade.

Se você deseja desenvolver um projeto personalizado para o seu negócio, clique Aqui e fale com o nosso time. Em um mercado altamente competitivo, agir rápido e com estratégia faz toda a diferença. Conte com a Caristeo Tecnologia para impulsionar sua empresa por meio das novas tecnologias.